Apneia do sono como saber se você tem

Você sente muito sono durante o dia? Acorda cansado, mesmo após uma longa noite de descanso? Saiba que esses podem ser indícios de apneia do sono. Na verdade, a pessoa que sofre desse distúrbio não possui apenas um sintoma.

Leia e descubra se você sofre apneia do sono!

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O que é apneia do sono?

A apneia do sono é um distúrbio em que a pessoa para de respirar, durante alguns segundos, diversas vezes durante a noite. Pessoas que possuem apneia do sono podem, inclusive, não saber que possuem o problema.

De acordo com o Ministério da Saúde, cerca de 50% da população brasileira se queixa de qualidade de sono ruim e 30% da população adulta sofre dessa doença.

Quais os tipos de apneia do sono?

Existem dois tipos de apneia do sono:

  • Apneia obstrutiva do sono

Essa é a forma mais comum da doença. Ela ocorre quando os músculos da garganta relaxam durante o sono e as vias respiratórias se fecham, impedindo a respiração adequada, o que pode reduzir drasticamente o nível de oxigênio do sangue.

Dessa maneira, por ser incapaz de respirar, a pessoa afetada pela doença desperta do sono por um breve momento, até que as vias respiratórias reabram e permitam a volta da respiração ao normal. Isso se repete inúmeras vezes ao longo da noite, podendo causar sérias complicações.

Durante a apneia obstrutiva do sono, o indivíduo pode produzir um ronco ou um som semelhante a um sufocamento.

  • Apneia do sono central

A apneia do sono central é menos comum e ocorre quando o cérebro é incapaz de transmitir sinais para os músculos da respiração. Uma pessoa que sofre com esse tipo do distúrbio pode acordar sentindo falta de ar ou sentir dificuldade para dormir.

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Quais as causas da apneia do sono?

Para a apneia obstrutiva do sono, por exemplo, a principal causa é a obstrução do canal respiratório. Diabetes, aumento das amígdalas, circunferência do pescoço e alterações craniofaciais podem levar a esse tipo do distúrbio.

Já a apneia do sono central possui como causa mais comum a insuficiência cardíaca e, raramente, por causa de um AVC, lesão traumática no tronco ou uso excessivo de medicações para dor.

Como saber se tenho apneia do sono?

O primeiro passo para saber se você possui o distúrbio é prestar atenção nos sintomas de apneia do sono. O mais comum deles é o ronco, sendo muito comum que seja percebido pelo conjugue ou por outra pessoa que dorme próxima a você. Porém, também existem outros que, na grande maioria das vezes, podem passar despercebidos. Confira:

  • Despertar diversas vezes: o distúrbio é caracterizado por causar pausas respiratórias durante o sono, fazendo com que seja comum que você acorde muitas vezes durante a noite. Além desses que você pode perceber, o transtorno também pode causar micro despertares imperceptíveis que só são sentidos através do cansaço do dia a dia;
  • Dor de cabeça pela manhã: acordar com dores na cabeça é um sintoma muito comum de quem sofre de apneia do sono, sendo resultado da falta de oxigenação no cérebro durante o sono, devido às pausas na respiração;
  • Mau humor: a má qualidade do sono, proporcionada pela apneia, afeta o sistema nervoso e leva ao aumento do hormônio cortisol, causando o mau humor;
  • Boca seca: além do ronco, você também pode acordar com a boca e a garganta seca;
  • Impotência sexual: o distúrbio afeta a circulação sanguínea e a produção do óxido nítrico, que é fundamental para a ereção.

Depois de identificar alguns desses sintomas, um profissional de odontologia deve ser consultado para fazer uma avaliação e solicitar um exame denominado de polissonografia.

Porém, é importante lembrar que, a apneia do sono, por possuir características multifatoriais e um grande número de comorbidades, exige uma abordagem multidisciplinar, portanto é necessário você passe por uma consulta médica, para que seja avaliado o seu caso do transtorno e, se for do tipo mais leve ou moderada, pode ser tratado por um odontologista.

Durante a polissonografia, você dorme e permanece conectado a um equipamento que monitora as atividades do coração, pulmão, cérebro, além de identificar um padrão na respiração e nos movimentos dos braços e pernas, avaliando o ronco, a presença de bruxismo diagnosticando desta forma se realmente há a ocorrência do distúrbio.

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Quais as consequências da apneia do sono?

A apneia do sono, ao contrário do que muitas pessoas pensam, não é mortal, porém é evolutiva, ou seja, se agrava conforme o passar do tempo, levando a sérias consequências à saúde.

Confira algumas consequências da apneia do sono:

  • Prejudica o coração

Em um estudo realizado com 1625 mulheres no Brigham and Women’s Hospital, nos Estados Unidos, foi atestado que aquelas que roncavam possuíam uma substância chamada troponina, que indica o início de uma insuficiência no coração.

Dessa forma, foi comprovado que o esforço para respirar de uma pessoa que sofre de apneia do sono causa uma pressão muito forte no peito e dificulta as batidas do órgão, aumentando o risco de se ter um infarto.

  • A apneia do sono causa danos ao cérebro

Já que o transtorno faz com que as vias respiratórias se fechem, o corpo precisa fazer um grande esforço para reabri-las, o que provoca os múltiplos despertares durante a noite, fazendo com que o indivíduo não atinja as etapas reparadoras do sono, que são essenciais para a saúde.

Com isso, o estresse toma conta do corpo, o que acaba levando a sérios quadros de ansiedade, depressão e, a longo prazo, derrame cerebral.

  • Eleva a quantidade de açúcar no sangue

O transtorno é capaz de alterar a ação da insulina, hormônio que permite à glicose entrar nas células, aumentando em até 30% a possibilidade de se ter diabetes.

  • A apneia do sono pode patrocinar outras doenças

A retomada repentina de oxigênio facilita a aspiração de partículas maléficas, que vão parar nos pulmões e são capazes de afetar o sistema imunológico, facilitando a incidência de complicações como a pneumonia, por exemplo.

  • O transtorno deixa os ossos muito fracos

A falta de oxigênio causa sérios danos aos ossos, levando, inclusive, a incidência da osteoporose, que deixa os ossos fracos e frágeis.

Como tratar apneia do sono?

O principal objetivo do tratamento de apneia do sono é manter as vias respiratórias abertas para que a respiração não seja interrompida durante o sono. Em casos leves, pode-se utilizar um aparelho intraoral para apneia do sono odontológico durante a noite para manter a mandíbula posicionada mais para frente e impedir o bloqueio das vias aéreas.

Já em casos mais severos, é necessário o uso de uma máscara de pressão contínua nas vias aéreas, conhecida como CPAP. Esse aparelho joga ar na via respiratória, mantendo-a aberta.

Além desses tratamentos, as cirurgias também podem ser uma opção para acabar com apneia do sono, podendo ser no nariz e nas amígdalas. A segunda, no caso, quase sempre resolve o problema em crianças (se a amigdala for a causa da apneia), porém não é tão eficaz se o paciente for um adulto.

Apneia do sono como saber se você tem

Apneia do sono em bebês

Apesar de ser mais comum em adultos, a apneia do sono também pode acontecer em bebês, fazendo com que a criança pare de respirar momentaneamente enquanto está dormindo, levando a diminuição da quantidade de oxigênio no sangue e no cérebro.

É mais frequente no primeiro mês de vida e afeta, na maioria das vezes, os bebês prematuros ou que nasceram com o peso abaixo do normal.

Confira os sintomas da apneia do sono em bebês:

  • Parar de respirar durante o sono e acordar chorando;
  • Batimentos cardíacos reduzidos;
  • Pontas dos dedos e os lábios arroxeados;
  • Bebê mole e apático.

Caso seja percebido algum desses sintomas, a visita a um consultório de odontopediatria e ortopedia funcional dos maxilares é essencial para identificar a causa e iniciar o tratamento adequado, evitando qualquer dano à saúde do pequeno.

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